Outro vulcão, muito maior, poderá entrar em erupção em breve. O Katla é o vizinho mais ativo do Eyjafjallajokull e os cientistas crêem que pode haver uma conexão entre os dois.
O vínculo não foi comprovado, explica Magnus Tumi Gudmundsson, geofísico da Universidade da Islândia. Mas a conexão circunstancial é histórica e "está fazendo com que se preste atenção ao Katla", disse o cientista. "Sabemos que no passado o Eyjafjallajokull ficou ativo quatro vezes e em três delas houve erupção do Katla ao mesmo tempo ou pouco depois. Isso quer dizer, meses ou até um ano depois", afirmou. "As possibilidade do Katla entrar em erupção aumentaram desde o que ocorreu com o Eyjafjallajokull", concluiu Gudmundsson.
Kathryn Goodenough, do Instituto Geológico Britânico, ressalta que até o momento não há uma explicação física sobre a relação entre os dois vulcões. "Os cientistas não sabem até agora qual é essa conexão", afirmou. "Mas sabemos que há fissuras entre os dois vulcões e eles estão muito próximos um do outro".
"Além disso, os vulcões estão sujeitos às mesmas forças tectônicas. Existe, então, a possibilidade do magma encontrar um caminho por baixo de um deles e achar a saída sob o outro", explicou Goodenough. Cada vulcão tem uma câmara de magma independente, mas muitos cientistas suspeitam que tais câmaras estejam fisicamente unidas em regiões profundas da Terra.
A grave erupção fissural de 934 que libertou 5 km3 de pirocslasto. |
A erupção mais recente do Katla ocorreu em 1918 e durou três semanas. "É um vulcão muito mais ativo que o Eyjafjallajokull. Nos últimos mil anos entrou em erupção pelo menos 20 vezes. Isso quer dizer que entra em erupção uma vez a cada 50 anos, em média", disse Gudmundsson.
Atualmente não existe atividade sísmica sob o Katla, um indicador de que o magma não está subindo à superfície. A estação meteorológica da Islândia investiga qualquer sinal de alteração. Mas Goodenough afirma que, no caso do Eyjafjallajokull, a advertência chegou apenas algumas horas antes da erupção. "Controlar a atividade sísmica não nos oferece, necessariamente, informação antecipada sobre a possibilidade de uma erupção", explicou.
18 km3 de lava foi uma das maiores erupções de lava dos últimos 10000 anos. |
Fonte: BBC
As principais erupções ocorreram em:
• 934 – Com Índice de Explosividade Vulcânica entre 5 e 6; 5 km3 de piroclastos e 18 km3 de lava
• 1580 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4
• 1612 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4
• 1625 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 5; teve a duração de 13 dias
• 1660 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4; teve a duração de aproximadamente 60 dias.
• 1721 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 5; teve a duração de aproximadamente 100 dias.
• 1755 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 5; 1,5 km3 de material expelido; libertação de lava entre 200000 e 400000 m; teve a duração de aproximadamente 120 dias.
• 1823 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 3; teve a duração de 28 dias.
• 1860 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4; teve a duração de 20 dias.
• 1918 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4 ou 5; cerca de 0,7 km3 de material expelido; teve a duração de 24 dias.
• 1580 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4
• 1612 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4
• 1625 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 5; teve a duração de 13 dias
• 1660 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4; teve a duração de aproximadamente 60 dias.
• 1721 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 5; teve a duração de aproximadamente 100 dias.
• 1755 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 5; 1,5 km3 de material expelido; libertação de lava entre 200000 e 400000 m; teve a duração de aproximadamente 120 dias.
• 1823 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 3; teve a duração de 28 dias.
• 1860 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4; teve a duração de 20 dias.
• 1918 – Com Índice de Explosividade Vulcânica de 4 ou 5; cerca de 0,7 km3 de material expelido; teve a duração de 24 dias.
A maior parte destas erupções resultou em cheias glaciais catastróficas. A grave erupção fissural de 934 que libertou 5 km3 de piroclastos e 18 km3 de lava foi uma das maiores erupções de lava dos últimos 10000 anos. Antes da rodovia nacional Hringvegur (estrada à volta de todo o país) ser construída em 1974, a população tinha medo de atravessar os planos à frente do vulcão por causa dos frequentes jökulhlaup (em português, “corridas glaciares”, formam-se na erupção de um vulcão em contato com um glaciar; o gelo derrete e forma-se uma espécie de lago coberto por uma fina capa gelada). A explosão glaciar que seguiu a erupção de 1918 foi especialmente perigosa.
Actividade no Presente
O vulcão Katla tem dado sinais de agitação desde 1999, e os geólogos consideram que poderá ocorrer uma erupção num futuro próximo. A monitorização tem sido intensificada particularmente desde as erupções de Março de 2010 de um vulcão vizinho de menor tamanho – Guðnasteinn – situado debaixo do glaciar Eyjafjallajökull. A erupção ocorrida tão perto do vulcão longamente adormecido em Março e Abril de 2010 que deixou os geofísicos assustados, uma vez que pode levar a uma explosão maior e mais perigosa do Katla. Nos últimos 1000 anos, todas as três erupções conhecidas de Eyjafjallajökull levaram a erupções subsequentes do Katla.
Seguindo as erupções de Eyjafjallajökull em 2010, a 20 de Abril de 2010 o Presidente Islandês ÓlafurGrímson disse que “se o Katla entrar em erupção… nós (Islândia) estamos preparados… está na hora dos governos europeus e mundiais e autoridades aéreas começarem a se preparar para uma eventual erupção do vulcão”. As atividade de terramotos tem aumentado em Katla desde a erupção em Eyjafjallajökull, mas não foram observados nenhum outro sinal de erupção iminente. Estes tremores de terra dão-se sobretudo na margem a noroeste da caldeira. A 9 de Outubro de 2010, um aumento inesperado de tremores harmónicos foi observado nas estações em volta do Katla, sinais de uma erupção iminente.
Desde Junho de 2010, os vulcanologistas continuam a monitorizar o Katla, cientes de que pode haver uma erupção, deste a última erupção do Eyjafjallajökull, desde a última isso ocorreu com um intervalo de meses. O Escritório de Meteorologia da Islândia atualiza o seu site várias vezes com relatórios de terramotos em Eyjafjallajökull e Katla.
Estragos
Com as erupções sucessivas ainda que espaçadas, muitas quintas e terrenos foram destruídos na sequência de erupções do Katla, sendo uma de 1311 recordada como particularmente devastadora. Segundo as histórias contadas, por um agricultor chamado Sturla, sobrevivente juntamente com o filho que agarrou-se a um iceberg que foi levado até a costa. Uma outra erupção do séc XVIII matou várias pessoas, enquanto outras estiveram perdidas em montanhas que se transformaram em ilhas por causa das cheias causadas.
Na última erupção do Katla, em 1918, icebergs do tamanho de casas foram vistos flutuando para o mar. Mais recentemente, em 1955 e 1979, ocorreram cheias, mas não erupções. No futuro, qualquer erupção poderá causar nova destruição de quintas, campos e gado nas áreas próximas do vulcão devido às cheias. Devido às cinzas que serão libertadas na atmosfera, é provável que as linhas aéreas sejam fechadas novamente em toda Europa, de modo a não danificar os aviões.
Caracteristicas:
País: Islândia
Nome da Sub-região: Reykjavik
Número vulcão: 1702-1703 =
Tipo de vulcão: Vulcão Subglacial
Status vulcão: Histórico
Elevação Cimeira: 1512 m 4.961 pés
Latitude: 63.63°N 63 ° 38’0″N
Longitude: 19,05 ° W 19°3’0″W
Nome da Sub-região: Reykjavik
Número vulcão: 1702-1703 =
Tipo de vulcão: Vulcão Subglacial
Status vulcão: Histórico
Elevação Cimeira: 1512 m 4.961 pés
Latitude: 63.63°N 63 ° 38’0″N
Longitude: 19,05 ° W 19°3’0″W
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