Levantamento registrou desde tempestades e inundações até terremotos e vulcões
O ano de 2010 foi marcado por 950 catástrofes naturais, envolvendo desde tempestades e inundações até terremotos e registros de vulcões, segundo pesquisa feita pela seguradora alemã Munich Re. Os prejuízos totalizaram cerca de US$ 130 bilhões. As perdas foram calculadas com base em preços estimados pelo setor de seguros de países europeus e dos Estados Unidos.
Pelo estudo, as regiões da Ásia e das Américas foram as mais afetadas por catástrofes naturais. No Continente Americano foram registradas 365 ocorrências e na Ásia, 310.
As cinco maiores catástrofes naturais, de acordo com o estudo, são os terremotos no Haiti, em 12 de janeiro de 2010, os tremores de terra no Chile, em 27 de fevereiro, e na Região Central da China , em 14 de abril. Também estão na relação a onda de calor na Rússia, registrada no período de julho a setembro, e as inundações no Paquistão - de julho a setembro de 2010.
O estudo mostra ainda que há uma série de consequências causadas pelas catástrofes naturais. Cita como exemplo a onda de calor na Rússia, que provocou incêndios nas florestas, assim como em instalações nucleares, considerada o pior desastre natural da história do país. Houve também registros de elevação dos níveis de poluição do ar.
A série de furacões no Atlântico Norte, atingindo os Estados Unidos e o México, também é mencionada na análise. De acordo com o estudo, houve poucos danos substanciais. No total, foram registrados 19 ciclones tropicais, igualando os dados de 2010 ao número registrado em 1995.
O vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, paralisou o tráfego aéreo em abril de 2010, quando foram lançadas na atmosfera partículas que impediam a visibilidade. Houve prejuízos para as empresas do setor aéreo. O Munich Rre não tem ainda um número preciso sobre os dados causados pelas inundações no extremo Nordeste da Austrália. Desde o início de dezembro de 2010, várias áreas do país foram afetadas.
Os estudos, todas as medições possíveis em mapas, registros históricos e cálculos feitos não levam a uma conclusão definitiva. O ano de 2010 começou trepidante. Muitos atribuem os fenômenos mais recentes a uma mudança climática induzida pelo aquecimento global. Algumas observações indicam aumento na temperatura das águas dos oceanos. No nosso caso, isso eleva a quantidade de umidade sobre a Amazônia, alimentando os temporais dos últimos dias no Sudeste. Mas não há consenso. Há quem contra-argumente lembrando que tivemos agora, por exemplo, o inverno mais rigoroso da Europa em muitos anos. Ou seja, não tem subido a temperatura média. E mesmo os que admitem o efeito estufa tendem a concordar que não há uma comprovação científica de que os desastres naturais têm ocorrido com mais frequência em razão deste aquecimento.
Não há nada que já não tenha acontecido. Fala-se que essa foi a maior das chuvarada do Rio na história exatamente porque eles já enfrentaram problemas semelhantes há mais tempo. E Porto Alegre, vítima da enchente histórica de 1941, que deixou o Centro debaixo d’água? Esses acontecimentos são cíclicos, Temos lidado com o fenômeno El Niño (chuvas acima da média) e com La Niña (chuvas abaixo da média). Não é uma novidade – conclui.
Os especialistas divergem quanto às causas e aos impactos do aquecimento global. Segundo o pesquisador Carlos Tucci, professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a capacidade de análise é limitada.
– Existe uma incerteza grande. Mas o clima também sempre variou. Quatro mil anos antes de Cristo, por exemplo, o Saara era verde.
Fonte: www.clicrbs.com.br/.
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