Por: Daniel Braz
Em 19 de junho de 2006, saiu uma matéria publicada no site BBC On-line Brasil, sobre a construção do “cofre do fim dos dias”, pelo menos foi como estava descrito na reportagem, que iria ser construído no Polo Norte e que iria guardar todas as variedades conhecidas de lavouras do mundo todo.
O tal cofre que na matéria, iria situar-se em uma montanha nas Ilhas de Svalbard, que em caso de uma “catástrofe global” iria preservar a diversidade de lavouras e sementes do mundo todo e que muita gente achou tolice ou coisa de filme de Hollywood, (tema do conhecidíssimo filme de catástrofe mundial 2012), lembram? Aquele que tinha um profeta maluco interpretado pelo Woody Harrelson, que no meio do mato, transmitia do seu trailer notícias apocalípticas e de conspirações que ninguém dava importância, até que se deparou com o personagem do John Cusack, que repentinamente se viu no meio de uma catástrofe global. Adivinha com que personagem me identifiquei mais?
As vezes eu fico me perguntando por que será que as pessoas acham que uma catástrofe de proporções globais é algo assim tão distante, tão longe da nossa realidade que nem mesmo as tragédias do dia a dia apresentadas nos tele jornais, pareçam coisas que possa fazer parte da nossa realidade.
A questão é a seguinte, o tal cofre foi realmente construído por um conglomerado de cinco dos mais ricos países europeus a um custo astronômico de bilhões de euros, pois imaginem a mão de obra e o remanejo de profissionais e matérias necessários para administrar uma construção faraônica no meio do nada, dentro de uma montanha, a mais de 18° Negativos, capaz de suportar terremotos e até mesmo um ataque nuclear e sem que haja necessidade de guarda constante, pois o complexo possui portas a vácuo e detectores de movimento, além dos ursos polares que frequentam a área, a instalação de concreto realmente é algo curioso, visto que cinco dos mais ricos países da Europa (Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Islândia) e mais 100 países investiram bilhões de Euros inclusive pagando o transporte das sementes do mundo todo alegando apenas que "Esta instalação vai fornecer os meios práticos para restabelecer lavouras que tenham sido destruídas por grandes desastres", disse Cary Fowler, então secretário-executivo do Fundo Global para Diversidade de Sementes, sem esperar, contudo, nenhum retorno do investimento feito e, alegando que vai restabelecer lavouras de graça?
Bom, a questão é que iniciado em 2006 e terminado em fevereiro de 2008, o tal banco de sementes existe! E, países do mundo todo estão enviando suas amostras para lá e o mais curioso é que também, tem a participação de ninguém menos que Bill Gates, fundador da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo e que agora apoia causas humanitárias e de preservação ambiental.
O projeto hoje pertence às Nações Unidas em parceria com o governo da Noruega (líder dos cinco países citados acima) e financiamento do tio Bill, e é real. Cary Fowler, hoje diretor do Fundo Global para a Diversidade de Sementes, o nome oficial do projeto, que fica a maior parte do tempo em seu escritório em Roma, controlará a caverna remotamente, por meio de câmeras e sensores de vigilância. Depois que o estoque de sementes estiver colocado em três câmaras a 18 graus negativos, a caverna ficará sem funcionários nem seguranças totalmente lacrada a espera de uma catastrofezinha de nível global. Até 2012!
As imagens foram extraídas de um documentário exibido pelo canal português RTP2, vale a pena assistir, está no youtube.
Fonte:
Youtube
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